EDUCAÇÃO HUMANIZADA
Gregor Mendel
Biografia, Leis de Mendel, genética, suas pesquisas, vida de estudos, teorias
TEXTO 1 :
Fonte : www.todabiologia.com
Introdução
Gregor Mendel nasceu em
20 de julho de 1822, num pequeno povoado chamado Heinzendorf, na atual Áustria.
Ele foi batizado com o nome de Johann Mendel, mudando o nome para Gregor após
ingressar para a ordem religiosa dos agostinianos. Foi ordenado sacerdote no
ano de 1847.

Biografia e estudos científicos
Entre os anos de 1851 e
1853 estuda História Natural na Universidade de Viena. Neste curso, adquiri
muitos conhecimentos que seriam de extrema importância para o desenvolvimento
de suas teorias (leis).
Aproveitou também os
conhecimentos adquiridos do pai, que era jardineiro, para começar a fazer
pesquisas com árvores frutíferas. Em 1856 já fazia pesquisas com ervilhas, nos
jardins do monastério.
Sua teoria principal era
a de que as características das plantas (cores, por exemplo) deviam-se a
elementos hereditários (atualmente conhecidos como genes). Como passava grande
parte do tempo dedicando-se às atividades administrativas do monastério, foi
deixando de lado suas pesquisas relacionadas ao estudo da hereditariedade.
Em 8 de março de 1865, Mendel apresentou um
trabalho à Sociedade de História Natural de Brunn, no qual enunciava as suas
leis de hereditariedade, deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado
em 1866, com data de 1865, esse trabalho permaneceu praticamente desconhecido
do mundo científico até o início do século XX. Pelo que se sabe, poucos leram a
publicação, e os que leram não conseguiram compreender sua enorme importância
para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em 1900, por três
pesquisadores que trabalhavam independentemente.
Mendel morreu em Brunn, em 1884. Os últimos anos de
sua vida foram amargos e cheios de desapontamento. Os trabalhos administrativos
do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à ciência, e o monge se
sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua
importante descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes
no mundo científico, sendo considerado o “pai” da Genética. No
mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem, e os jardins onde
foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são
conservados.
Os experimentos de
Mendel
A escolha da planta
A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que
pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na reprodução, surgem vagens
contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não
foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que
produz muitas sementes.
Desde os tempos de Mendel, existiam muitas
variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação. Por
exemplo, a variedade que flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia
flores brancas; a que produzia sementes lisas poderia ser comparada com a que
produzia sementes rugosas, e assim por diante.
Outra vantagem dessas plantas é que estame e
pistilo, os componentes envolvidos na reprodução sexuada do vegetal, ficam
encerrados no interior da mesma flor, protegidas pelas pétalas. Isso favorece a
autopolinização e, por extensão, a autofecundação, formando descendentes com as
mesmas características das plantas genitoras.

A partir da autopolinização, Mendel produziu e
separou diversas linhagens puras de ervilhas para as características que ele
pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de
púrpura sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo
ocorrendo com o cruzamento de plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou
sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor, posição da flor no
caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem
e altura da planta.
Morreu em 6 de janeiro
de 1884 sem que tivesse, em vida, seus estudos reconhecidos. Somente no começo
do século XX que alguns pesquisadores puderam verificar a importância das
descobertas de Mendel para o mundo da genética.
As Leis de Mendel
Primeira Lei:
também conhecida com Lei da Segregação, explica que na fase de formação dos
gametas, os pares de fatores se segregam.
Segunda Lei:
também conhecida como Lei da Recombinação dos Genes, explica que cada uma das
características puras de cada de cada variedade (cor, rugosidade da pele, etc)
se transmitem para uma segunda geração de maneira independente entre si.
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TEXTO 2 :
TEXTO 2 :
Depois de obter linhagens puras, Mendel efetuou um
cruzamento diferente. Cortou os estames de uma flor proveniente de semente
verde e depois depositou, nos estigmas dessa flor, pólen de uma planta
proveniente de semente amarela.
Efetuou, então, artificialmente, uma polinização
cruzada: pólen de uma planta que produzia apenas semente amarela foi
depositado no estigma de outra planta que só produzia semente verde, ou seja,
cruzou duas plantas puras entre si. Essas duas plantas foram consideradas como
a geração parental (P), isto é, a dos genitores.

Após repetir o mesmo procedimento diversas vezes,
Mendel verificou que todas as sementes originadas desses cruzamentos eram
amarelas – a cor verde havia aparentemente “desaparecido” nos descendentes
híbridos (resultantes do cruzamento das plantas), que Mendel chamou de F1 (primeira
geração filial). Concluiu, então, que a cor amarela “dominava” a cor
verde. Chamou o caráter cor amarela da semente de dominante e o
verde de recessivo.
A seguir, Mendel fez germinar as sementes obtidas
em F1 até surgirem as plantas e as flores. Deixou que se
autofertilizassem e aí houve a surpresa: a cor verde das sementes reapareceu na
F2 (segunda geração filial), só eu em proporção menor que as de cor
amarela: surgiram 6.022 sementes amarelas para 2.001 verdes, o que conduzia
a proporção 3:1. Concluiu que na verdade, a cor verde das sementes
não havia “desaparecido” nas sementes da geração F1. O que ocorreu é que ela
não tinha se manifestado, uma vez que, sendo uma caráter recessivo, era apenas
“dominado” (nas palavras de Mendel) pela cor amarela. Mendel concluiu que a cor
das sementes era determinada por dois fatores, cada um determinando o surgimento
de uma cor, amarela ou verde.
Era necessário definir uma simbologia para
representar esses fatores: escolheu a inicial do caráter recessivo. Assim, a
letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo. Assim,
a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo – para
cor verse – e a letra V, maiúscula, o fator dominante – para cor amarela.
VV
|
vv
|
Vv
|
Semente amarela
pura
|
Semente verde pura
|
Semente amarela
híbrida
|
Persistia,
porém, uma dúvida: Como explicar o desaparecimento da cor verde na geração
F1 e o seu reaparecimento na geração F2?
A resposta surgiu a partir do conhecimento de que
cada um dos fatores se separava durante a formação das células reprodutoras, os
gametas. Dessa forma, podemos entender como o material hereditário passa de uma
geração para a outra. Acompanhe nos esquemas abaixo os procedimentos adorados
por Mendel com relação ao caráter cor da semente em ervilhas.

Resultado: em F2, para
cada três sementes amarelas, Mendel obteve uma semente de cor verde. Repetindo
o procedimento para outras seis características estudadas nas plantas de
ervilha, sempre eram obtidos os mesmos resultados em F2, ou seja a proporção de
três expressões dominantes para uma recessiva.
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TEXTO 3 :
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TEXTO 3 :
Leis de Mendel
Primeira Lei de Mendel
A Primeira Lei de Mendel também recebe o nome de Lei da Segregação dos Fatores ou Moibridismo. Ela possui o seguinte enunciado:
“Cada caráter é determinado por um par de fatores que se separam na formação dos gametas, indo um fator do par para cada gameta, que é, portanto, puro”.
Essa Lei determina que cada característica é determinada por dois fatores, que se separam na formação dos gametas.
Mendel chegou a essa conclusão, quando percebeu que linhagens diferentes, com os diferentes atributos escolhidos, sempre geram sementes puras e sem alterações ao longo das gerações. Ou seja, plantas de sementes amarelas sempre produziam 100% dos seus descendentes com sementes amarelas.
Assim, os descendentes da primeira geração, denominada de geração F1,eram 100% puros.
Como todas as sementes geradas eram amarelas, Mendel realizou a autofecundação entre elas. Na nova linhagem, geração F2, surgiram sementes amarelas e verdes, na proporção 3:1 (amarelas:verdes).

Cruzamentos da Primeira Lei de Mendel
Com isso, Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores. Um fator era dominante e condiciona sementes amarelas, o outro era recessivo e determina sementes verdes.
Saiba mais sobre Genes Dominantes e Recessivos.
A Primeira Lei de Mendel se aplica para o estudo de uma única característica. Porém, Mendel ainda estava interessado em saber como ocorria a transmissão de duas ou mais características em simultâneo.
Segunda Lei de Mendel
A Segunda Lei de Mendel também recebe o nome de Lei da Segregação Independente dos Genes ou Diibridismo. Ela possui o seguinte enunciado:
“as diferenças de uma característica são herdadas independentemente das diferenças em outras características”.
Nesse caso, Mendel também realizou o cruzamento de plantas com diferentes características. Ele cruzou plantas com sementes amarelas e lisas com plantas de sementes verdes e rugosas.
Mendel já esperava que a geração F1 seria composta por 100% de sementes amarelas e lisas, pois essas características apresentam caráter dominante.
Por isso, fez o cruzamento dessa geração, pois imaginava que iriam surgir sementes verdes e rugosas, e ele estava certo.
Os genótipos e fenótipos cruzados eram os seguintes:
- V_: Dominante (cor Amarela)
- R_: Dominante (forma Lisa)
- vv: Recessivo (cor Verde)
- rr: Recessivo (forma Rugosa)

Cruzamentos da Segunda Lei de Mendel
Mendel descobriu na geração F² diferentes fenótipos, nas seguintes proporções: 9 amarelas e lisas; 3 amarelas e rugosas; 3 verdes e lisas; 1 verde e rugosa.
Fonte : https://www.todamateria.com.br
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